Você já ouviu falar sobre prostatite? Trata-se de uma inflamação caracterizada pelo inchaço da próstata. A próstata, por sua vez, é uma pequena glândula sexual masculina, localizada em torno da parte inicial da uretra. Juntamente com as vesículas seminais, essa glândula é responsável por produzir o esperma.
A prostatite consiste em um processo inflamatório que gera o crescimento anormal da próstata, desencadeando sintomas bastante incômodos, como dor na região genital, reto, pélvis e/ou testículos, ardor ao urinar, micção excessiva noturna, incontinência urinária, fadiga, calafrio, febre, secreção uretral, mal-estar e desconforto ao ejacular.
Em boa parte dos casos, a inflamação da próstata está relacionada a infecções bacterianas, entretanto, o problema também pode ter ligação com fungos, vírus, germes e outros agentes infecciosos. Independente das causas, a prostatite tem tratamento e o protocolo terapêutico é definido conforme o tipo de inflamação. Leia o texto completo, conheça as principais categorias de prostatite e como tratar cada uma delas.
Prostatite bacteriana aguda
A Prostatite Bacteriana é resultante de infecção bacteriana na próstata e está relacionada com infecções do trato urinário. Ela se inicia repentinamente e o tratamento, aqui, é feito à base de antibióticos durante, pelo menos, 14 dias.
Se o paciente tiver obstrução intensa da urina ou necessitar que o tratamento seja feito de forma intravenosa, haverá necessidade de internação.
Prostatite bacteriana crônica
O desenvolvimento da prostatite bacteriana crônica é mais lento do que a evolução da prostatite bacteriana aguda. Também realizado por meio de antibióticos, o tratamento desse tipo de prostatite se estende de 3 a 12 semanas.
Cerca de 75% dos pacientes apresentam melhoras significativas, mas, eventualmente, a inflamação pode reincidir. Se ocorrer, o uso de antibióticos deve ser retomado conforme orientação médica.
Raramente a cirurgia de próstata e uretra é recomendada.
Prostatite não bacteriana
A prostatite não bacteriana é uma condição caracterizada pela sensação dolorosa persistente na região em torno da próstata. Por esse motivo, ela é, por vezes, chamada de síndrome da dor pélvica crônica.
Mesmo em casos não infecciosos, o uso de antibióticos é indicado no início, pois há certa dificuldade de diferenciar a prostatite bacteriana da não bacteriana quando o problema é causado por uma bactéria de difícil diagnóstico. Além disso, há antibióticos com ação anti-inflamatória que contribuem na amenização dos sintomas em ambos os casos.
Relaxantes musculares e bloqueadores alfa-adrenérgicos podem ser úteis no relaxamento e diminuição da próstata. A massagem prostática para promover a drenagem do conteúdo da glândula também é uma possibilidade terapêutica.
Outros tipos de prostatite
Há prostatites menos frequentes, como a prostatite gonocócica (causada pela bactéria que provoca gonorréia), a prostatite tuberculosa (provocada pela bactéria da tuberculose) e a prostatite micótica (desencadeada por fungos causadores de micoses sistêmicas). O tratamento dependerá de cada caso e deve visar o alívio geral dos sintomas, combate à infecção e redução significativa da inflamação da próstata.
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