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Criptorquidia, Infertilidade e Câncer: conheça a relação

Os testículos se formam dentro da barriga do bebê e migram naturalmente para a bolsa escrotal antes do nascimento. No entanto, em alguns casos, isso não ocorre e um ou ambos podem ficar retidos no abdômen da criança. Esta condição pode acontecer devido a hérnias ou outras anomalias durante o desenvolvimento do feto. Ao problema, dá-se o nome de Criptorquidia. 

O chamado criptorquidismo pode ser dividido em:

  • congênito: quando, ao nascer, não se encontram um ou os dois testículos na bolsa escrotal;
  • adquirido: quando já depois do nascimento, com os testículos adequadamente posicionados inicialmente, um ou os dois não são mais observados na bolsa escrotal. 

Neste post, entenderemos um pouco mais sobre a condição. Acompanhe!

Diagnóstico de Criptorquidia

O ideal é que a situação seja identificada o mais cedo possível. O diagnóstico costuma ser realizado por meio de exame clínico, quando o médico avaliará posição, mobilidade, volume dos testículos e outras questões. 

Aproximadamente 80% dos testículos que estão parados no abdômen do bebê podem ser sentidos pelo toque. Eles costumam estar localizados no caminho entre a barriga e a bolsa escrotal. 

É recomendado acompanhar o crescimento do bebê nos primeiros meses para verificar se os testículos descerão espontaneamente. Se isso não acontecer, o urologista deve ser consultado para indicar o tratamento, que costuma ser cirúrgico. 

Complicações da condição

Caso a Criptorquidia não seja diagnosticada precocemente, ela pode acarretar diversos problemas mais sérios para o indivíduo. Entre eles, está o prejuízo na capacidade de produção de testosterona e de espermatozoides. A situação é desencadeada por questões que envolvem as células responsáveis por estas funções, localizadas dentro dos testículos. 

Nos quadros mais graves, a condição pode levar à esterilidade. Ainda, a doença também favorece o desenvolvimento de tumores. Conforme estatísticas, pacientes que apresentam o problema, têm até seis vezes mais chances de terem câncer do que homens em situação normal. 

Tratamento cirúrgico 

A operação é a principal forma de correção da doença e deve ser realizada até no primeiro ano de vida do menino. Ainda, não é indicado que o prazo ultrapasse os 18 meses de vida. 

A intervenção é necessária para restabelecer a função testicular e minimizar as chances de ocorrência de tumores, além dos benefícios estéticos. Além disso, também evita questões secundárias, como hérnias e torções testiculares. 

Para os testículos de fácil palpação, a cirurgia poderá ser menos invasiva, prezando pelo correto posicionamento na bolsa escrotal. Caso estejam alojados profundamente na cavidade abdominal, no entanto, o procedimento demandará de uma exposição maior do paciente. 

Mesmo sendo, aparentemente, um diagnóstico simples, ocorre da condição ser descoberta somente no indivíduo já adulto. Em geral, o homem busca orientação médica ao ter problemas de fertilidade. No entanto, quando o diagnóstico de Criptorquidia é tardio, a operação é destinada à remoção dos testículos, a fim de evitar a evolução para um câncer. 

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