Resumidamente, o Refluxo Vesicoureteral ou RVU é uma condição irregular comumente associada à infecção do trato urinário. Ou seja, esse distúrbio anormal e congênito faz com que a urina retorne da bexiga para os rins. No ciclo normal, a urina sai dos rins, passa pelos ureteres e chega até a bexiga devido à atividade do mecanismo valvular. Então, quando essa válvula não funciona corretamente, a urina retorna. Logo, juntamente com ela, também podem ir bactérias, uma vez que essa condição favorece o transporte de microrganismos. Nesse sentido, as bactérias transportadas podem provocar infecção urinária, além de náuseas, febre, dores e vômitos desencadeados por reação inflamatória dos rins. E, geralmente, esse reflexo acaba comprometendo, de forma irreversível, a anatomia deles, provocando até mesmo falência renal. Viu como é importante tratar o Refluxo Vesicoureteral? Então, acompanhe outros detalhes sobre a patologia neste artigo que preparei!
Como é feita a classificação da doença?
A classificação internacional do RVU é definida em 5 graus. Logo, essa escala serve para medir o avanço da patologia. Por exemplo, no Grau 1, o xixi retorna apenas para o ureter. Já nos Graus 2, 3, 4, 5, há uma ação comum. Ou seja, o refluxo chega ao rim. Contudo, nesse contexto, devemos observar a dilatação, já que ela aponta para a gravidade. Por exemplo, no Grau 2 não existe aumento ureteral e renal. Entretanto, no Grau 3 a expansão é menor, mas ela ocorre. Entretanto, no Grau 4 temos um crescimento moderado e no Grau 5 a dilatação renal é intensa e os ureteres sofrem deformidade.
Quais são os fatores de risco?
Normalmente, as crianças abaixo de 5 anos são mais suscetíveis ao RVU e a sua origem, frequentemente, está relacionada a infecções na bexiga ou fatores genéticos. Isso quer dizer que se uma criança for diagnosticada com a doença, automaticamente, os irmãos menores devem passar por exames, a fim de eliminar as possibilidades de um diagnóstico semelhante.
Quais são os sintomas do Refluxo Vesicoureteral?
As manifestações do RVU em crianças mais novas incluem irritabilidade, diarreia e falta de apetite. Já as maiores tendem a constipação intestinal, proteinúria (proteína na urina), insuficiência renal, pressão alta. Algumas, inclusive, podem fazer xixi na cama e perder o controle intestinal.
Como é feita a prevenção?
Tratar as infecções é a melhor forma de prevenção, pois, como vimos, os rins podem sofrer falência. Portanto, após a constatação do grau da doença, o médico pode prescrever uso de antibióticos contínuo, em doses baixas, por exemplo.
Como é realizado o tratamento?
Nesse caso, o especialista leva em consideração o grau da RVU, a idade da criança, as particularidades do paciente, bem como a evolução das infecções. Por isso, assim que as suspeitas são confirmadas, o tratamento pode combinar ações clínicas e cirúrgicas. Como vimos, a prescrição do médico implica conhecimento específico de cada paciente, pois nas situações mais brandas do Refluxo Vesicoureteral, o paciente pode obter melhoras tomando antibióticos. No entanto, os casos mais severos dependem de cirurgia de reconstrução do mecanismo valvular. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
urologista em São Carlos!