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Doença Renal Crônica e atraso da puberdade masculina: entenda a relação

A Doença Renal Crônica é a insuficiência ou perda gradual da função renal. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas sofram com a condição no Brasil. 

Os rins são os órgãos responsáveis por filtrarem substâncias e nutrientes presentes no organismo. Assim, são absorvidos os componentes necessários e o restante é eliminado pela urina. Quando eles não funcionam corretamente, o corpo entra em desequilíbrio, ocasionando uma série de consequências. 

Entre os problemas gerados pela falha ou perda parcial da função destes órgãos, está o atraso da puberdade entre os meninos. Neste post, entenderemos mais sobre o assunto. Acompanhe!

A puberdade tardia 

A puberdade tardia é quando não há o início da maturação sexual na época ou idade esperada. Nos garotos, isso se caracteriza, por exemplo, pela ausência de crescimento dos testículos até os 14 anos. 

As mudanças desta etapa da vida são decorrentes do despertar das glândulas endócrinas cerebrais, chamadas de hipotálamo e hipófise. Elas produzem hormônios que estimulam a atividade dos testículos que, por sua vez, iniciam a produção da testosterona, hormônio responsável pelo desenvolvimento de características masculinas. A substância também é produzida nas glândulas suprarrenais, localizadas logo acima dos rins. 

Alguns sintomas indicam que o processo não foi desencadeado nos meninos, tais como: falta de pelos pubianos e no rosto, ausência de crescimento dos testículos e do pênis. Este atraso pode ocorrer devido a diversas doenças, como diabetes, fibrose cística, anemia ou doenças autoimunes em geral. Pacientes em tratamento por quimioterapia ou radioterapia contra o câncer também podem apresentar demora para entrarem na puberdade. 

Qualquer condição que impede ou atrapalha a ação das glândulas cerebrais e dos testículos pode dificultar o estímulo da puberdade. Isso pode ocorrer nos garotos portadores de Doença Renal Crônica e atribui-se a vários fatores. Entre eles, está a dificuldade de absorção de nutrientes, que acarreta em desnutrição calórica proteica, por exemplo. 

O estresse psicológico e a anemia, consequências comuns ao tratamento, também são situações que tornam o trabalho do organismo mais complexo, bem como os prejuízos causados ao funcionamento das glândulas suprarrenais. 

O diagnóstico 

Como mencionamos, são considerados em puberdade tardia os garotos que não apresentaram crescimento dos testículos até os 14 anos. Os médicos também observam se o período de início e fim do crescimento dos órgãos sexuais ultrapassou cinco anos. 

Para dar o diagnóstico completo, o especialista avalia não somente sintomas aparentes, mas solicita exames mais aprofundados, que vão medir as taxas hormonais do sangue, por exemplo, e identificarão a idade óssea do adolescente. 

O tratamento

Garotos portadores de Doença Renal Crônica, ou seja, que são afetados pela puberdade tardia, devem receber, inicialmente, tratamento focado na correção das deficiências nutricionais e alterações metabólicas. 

Para tanto, são indicados ajustes e suplementos na dieta com o objetivo de repor calorias, proteínas ou outros nutrientes. Somente após este protocolo, a terapia hormonal costuma ser recomendada com o devido acompanhamento médico.  

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