Nós estamos acostumados a relacionar os problemas hormonais às mulheres. Sabemos dos diversos efeitos da sua queda ou superprodução dos hormônios no organismo feminino. Mas o que poucos sabem é que a queda de hormônios no homem também provoca reações importantes. A testosterona, principal hormônio presente no organismo masculino, influencia o comportamento, o desempenho sexual e também algumas características físicas.
Apesar de ser comumente associada à libido, a testosterona cumpre mais de 200 funções no organismo. Entre as principais, estão a energia, o poder de cognição, o bom funcionamento do coração, a constituição óssea, a formação muscular e a sexualidade.
Dessa forma, a queda na produção de testosterona pode provocar os seguintes efeitos no homem:
- Perda de massa óssea e aumento do risco de fraturas: o hormônio atua na densidade óssea, e sua deficiência pode fragilizar os ossos.
- Perda de força e diminuição da massa muscular: se as taxas de testosterona estão reduzidas, o homem pode ter dificuldade para criar massa muscular, principalmente na região do abdômen. Em alguns casos, o homem pode até perder massa muscular por conta das taxas alteradas.
- Aumento da massa gordurosa: os músculos que o homem perde se transformam em gordura, e essa mudança se dá principalmente na cintura.
- Diminuição da libido: pode ser possível perceber uma perda da potência sexual, ou mesmo uma disfunção erétil. Um sinal mais claro para a deficiência desse hormônio pode ser a falta de ereções matinais — aquelas ereções involuntárias, que se tem ao acordar.
- Redução da fertilidade: como consequência das alterações hormonais, alguns homens podem apresentar baixa fertilidade.
- Fadiga: o hormônio também está relacionado com a produção de energia, e taxas reduzidas refletem na forma de cansaço.
- Insônia: a baixa testosterona pode causar agitação durante a noite e até mesmo episódios de insônia.
- Depressão: como a testosterona também age no sistema nervoso, uma mudança em sua produção afeta o bem-estar e o humor dos homens.
- Comprometimento das funções cognitivas: baixos níveis do hormônio também se traduzem como uma dificuldade para manter a concentração em atividades ou mesmo assimilar conceitos.
Após os 50 anos, é comum haver diminuição na produção de testosterona, sendo caracterizada a andropausa, que é semelhante à menopausa das mulheres. Estudos mostram que, na faixa dos 40 aos 70 anos, a queda é dos níveis do hormônio é de 0,8% ao ano. Porém, outros fatores podem contribuir para acelerar essa queda, entre eles estresse psicológico, doenças debilitantes, efeitos colaterais de medicamentos como os derivados da cortisona, obesidade grau 3 e infecção pelo HIV. Além de acometer homens portadores de deficiências congênitas ou aqueles com falência da função testicular resultante de tumores na hipófise ou de traumatismo na bolsa escrotal.
Diagnóstico e tratamento
A queda nos níveis de testosterona pode ser comprovada por meio de exames de sangue. Normalmente são solicitadas a dosagem da testosterona livre e da testosterona total.
Se comprovada que está baixa, o homem poderá fazer a reposição hormonal, com o uso da testosterona em forma de comprimidos, injeção ou gel. Os resultados podem ser percebidos a partir de um mês de uso, bem como uma melhora na qualidade de vida.
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